As empresas precisam de pessoas com “espírito empreendedor”. Sim, isso mesmo! Pessoas empreendedoras!
Visão / postura de dono, fazer acontecer, inovar, criar oportunidades, construir resultados, sair da zona de conforto…. Essas são algumas das características e competências que empresas têm buscado desenvolver em seus colaboradores.
Muito se engana quem pensa que empreendedorismo é sinônimo de CNPJ, ou seja, que para empreender é preciso criar uma empresa e trabalhar por conta própria.
Cada vez mais o mundo corporativo precisa de pessoas com características empreendedoras.
E sabe por quê? Muito simples…
Vivemos num mundo em reconfiguração, onde tudo muda o tempo todo. E numa velocidade impressionante. Os ciclos de mudanças despencaram nas útimas décadas. Arrisco dizer que hoje a mudança é quase que contínua e faz parte do nosso dia-a-dia.
Foi-se o tempo em que era possível investir altos recursos durante 2 ou 3 anos para lançar um novo produto no mercado. Quem faz isso hoje, corre um grande risco de perder todo o investimento antes mesmo de lançar o produto. Não apenas pelo risco de alguém ser mais rápido e eficaz no lançamento e ganhar o mercado antes de você, mas principalmente pelo risco do “novo produto” perder sua utilidade e seu valor por conta de alguma mudança.
Veja o exemplo do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue e do zika vírus (dentre outras doenças). Nos últimos anos, as preocupações estavam no desenvolvimento de uma vacina contra a dengue e de repente autoridades mundiais como OMS, EUA e União Europeia viram-se obrigadas, em meio a uma epidemia cujas consequências para a saúde, principalmente de gestantes e seus bebês, ainda não sabemos ao certo, a pedir pressa e mudar o foco no desenvolvimento de uma vacina contra o zika vírus.
E quem estava investindo na vacina contra a dengue, não corre o risco de ficar para trás? De outros players encontrarem alguma solução que resolva as duas coisas ao mesmo tempo? Inclusive soluções que não necessariamente estejam ligadas à vacinação?
A resposta não sabemos, mas é fato que neste momento, quem tiver uma atuação mais empreendedora sairá na frente.
Indiscutivelmente, vivemos sob novas circunstâncias, em que o sucesso do passado não garante o sucesso do presente e muito menos do futuro.
Veja os inúmeros casos de empresas de sucesso que resolvem expandir sua atuação para outras regiões ou países e rapidamente se frustram. Isso porque replicaram o que deu certo no lugar de origem e ignoraram as características locais da nova região, como cultura e perfil de clientes. O que faltou nestes casos?
Empreendedorismo, principalmente da equipe que está na linha de frente dessa expansão / operação.
Em alguns setores, nota-se empresas que só sobrevivem e conseguem competir com grandes players mundiais por conta do alto grau de empreendedorismo de seus colaboradores. Como, na maioria dos casos, os recursos dessas empresas não escassos, empreender é a forma de diferenciar-se e fazer acontecer.
No Brasil, onde atualmente vivemos um novo ciclo econômico e o macro cenário não é dos mais animadores, fica ainda mais evidente a necessidade de empresas terem pessoas mais empreendedoras.
Pessoas que se preocupem com o “todo”, que coloquem em prática a tal “visão de dono”, que saiam da zona de conforto e, principalmente, que ajam como dono, independente de cargo, hierarquia ou função!
Pessoas comprometidas e dispostas a:
a) Criar e construir resultados;
b) Respirar clientes;
c) Desenvolver pessoas e equipes;
d) Potencializar os parceiros;
e) Garantir que processos, sistemas e tecnologias estejam coerentes com a conduta empreendedora, dando o suporte necessário para aumentar a velocidade de resposta (e não para burocratizar).
Mas, as empresas estão preparadas para lidar com pessoas empreendedoras? E as pessoas estão preparadas para empreender?
Na maioria dos casos, a resposta é não! E isso se deve a diversos fatores.
Enquanto isso, eu te pergunto:
Você é empreendedor?
Sucesso e até a próxima.
Fonte: Administradores.com