Recente pesquisa da Robert Half revelou que 75% dos 303 diretores brasileiros entrevistados já excluíram candidatos de um processo seletivo após detectarem dados supervalorizados ou omitidos nos currículos deles. O dado, coletado em julho de 2017, é um alerta para os profissionais que usam essa alternativa para atrair a atenção dos recrutadores, diante da relação desproporcional entre candidatos e vagas.
O estudo da Robert Half também levantou quais as informações eram as mais “maquiadas” pelos candidatos. No Brasil, os campos de experiência de trabalho, qualificações (ensino/educação) e habilidades técnicas são os que mais apresentam informações inconsistentes.
Outros países – O Chile é o país onde um maior número de diretores relatou ter tido problemas com informações desonestas ou exageradas em currículos (80% dos entrevistados), seguido do Emirados Árabes (79%). Os especialistas da Robert Half alertam que, no processo de recrutamento e durante a carreira, toda mentira descoberta, independente do grau de importância, pode colocar em xeque todas as verdades relatadas pelo candidato.
Na França, mais da metade dos entrevistados (53%) nunca precisou desconsiderar um candidato por encontrarem informações desonestas no currículo. No total, a pesquisa da Robert Half mapeou a percepção de 2710 diretores de 10 países ao redor do mundo.
Diretores que já excluíram o candidato de um processo após descobrirem no currículo informações desonestas ou exageradas:
Colocação Países % de diretores que concordam
1º Chile – 80%
2º Emirados Árabes – 79%
3º Brasil/ Alemanha – 75%
4º Bélgica – 74%
5º Holanda – 71%
6º Austrália/ Suíça – 68%
7º Reino Unido – 62%
8º França – 47%
Campos do currículo onde os diretores mais encontraram informações inconsistentes em percentual
Experiência de Trabalho 56%
Ensino/Graduação 46%
Habilidades Técnicas 44%
Idiomas 39%
Tarefas de trabalhos anteriores 35%
Habilidades de liderança 27%
Estágios 26%
Habilidades em gerenciamento de projetos 18%
Salários anteriores 16%
Outros 1%
Fonte: www.mundorh.com.br