O desligamento de uma empresa geralmente acontece de forma inesperada e no atual cenário econômico essa é uma situação ainda mais difícil de enfrentar. Somente em 2015, o Brasil fechou o ano com 8,6 milhões de profissionais inativos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) até o fim deste ano será projetada uma taxa de 11%, uma vez que o desemprego vem aumentando mês a mês no país.
Por isso, fazer bom uso do dinheiro recebido da rescisão, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e seguro-desemprego é fundamental para manter as contas em ordem até a recolocação no mercado. “É preciso ter calma, elaborar um planejamento financeiro, estar aberto a mudanças de hábitos e, o mais importante, decidir qual o melhor destino para este dinheiro”, afirma um CEO de uma empresa especializada em recuperação de crédito. Abaixo seguem algumas dicas do executivo para enfrentar este momento, sem perder o controle das finanças.
1. Organize seus gastos
O primeiro passo é entender quais são os gastos fixos e variáveis. Somente com este diagnóstico é possível avaliar a melhor maneira de utilizar o dinheiro disponível. “Quando falamos em finanças, a organização é sempre fundamental. É preciso analisar como era utilizada a quantia recebida e se existem dívidas ou não. A partir disso, é importante mensurar o que pode ser poupado e realizar as previsões de gastos para os meses seguintes, evitando adquirir novas dívidas, que se tornam ainda mais difíceis de serem sanadas neste cenário”, explica.
2. Planeje
O executivo explica que os trabalhadores que têm direito ao seguro-desemprego devem aproveitar este valor para pagar as contas fixas. “Esta quantia será recebida por poucos meses, então é preciso poupar ao máximo”, esclarece. Com o orçamento doméstico em uma planilha fica mais fácil entender onde o dinheiro era gasto e como diminuir custos. Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer diferença nesta hora, como trocar marcas no supermercado, evitar gastos supérfluos e optar por passeios gratuitos, por exemplo.
3. Cartão de crédito
“Procure pagar as contas à vista. Deixe o cartão de crédito, e também o cheque especial, guardados para momentos de emergência. Os juros são altos e podem ser o primeiro passo para o endividamento”, salienta o executivo.
4. Quite as dívidas
Se existem débitos em aberto – como financiamentos – vale entrar em contato com as empresas para renegociar os valores. O CEO explica que é mais fácil negociar antes de atrasar as contas. “Há uma abertura maior para negociação por parte dos credores. Eles entendem que a conjuntura econômica está afetando a todos e consideram mais vantajoso renegociar do que a inadimplência”, destaca.
5. Poupe
Com as contas em dia e organizadas, o dinheiro que sobrar deve ser guardado para situações de emergência, garantindo que o período de desemprego seja enfrentado da maneira menos traumática possível. “Com a economia desacelerada, fazer investimentos que comprometam a liquidez não é recomendável. O ideal é procurar por investimentos que sejam fáceis de resgatar o dinheiro quando houver necessidade, como a poupança, por exemplo”, finaliza.
Fonte:administradores.com.br