Trabalho em equipe – sentimento contagiante
Bob Esponja – Um herói fora d’água é um filme de aventura e comédia que gira em torno da busca do segredo da receita do hambúrguer de Seri, fornecido pela Lanchonete do Sr. Sirigueijo à população da Fenda do Biquíni. Plankton, o dono da lanchonete Balde de Lixo, com inveja e incomodado pelo sucesso do concorrente, resolve investir em uma estratégia de guerra para roubar a receita do hambúrguer. Contudo, alguma coisa sai errada e a receita desaparece, estabelecendo o caos na comunidade. Diante da situação, Bob Esponja teve que unir forças com Plankton, com o objetivo de resgatar a receita em uma viagem no tempo e no espaço.
Bob Esponja, a todo o momento, transmite o sentimento e a filosofia de trabalhar em equipe para Plankton, que não consegue sequer pronunciar a palavra “equipe”. Plankton passa parte do filme pronunciando “eu equipe”. O comportamento desse personagem me fez pensar em alguns funcionários que não conseguem contribuir para o crescimento e desenvolvimento da equipe e têm como única preocupação que o próprio nome apareça em destaque, levando-o a obter vantagens individuais.
É interessante o momento do filme em que Bob Esponja fica desanimado e quase desacredita da sua filosofia de vida, que consiste na cooperação, no amor ao trabalho, à honestidade e generosidade demonstrada em gestos que devem ser praticados com as pessoas.
Ele começou a se sentir sozinho, logo em seguida entrando em crise com comportamentos e palavras egoístas. Nesse momento, depois de refletir sobre as suas momentâneas atitudes, ele percebe que não quer perder a sensibilidade, assim como a essência e a filosofia do trabalho em equipe. Definitivamente, não quer se tornar um funcionário ou pessoa egoísta, trapaceiro e mentiroso.
Segundo Fela Moscovici, em seu livro Equipes Dão Certo, na página 41: As pessoas vêm desvirtuando sua essência humana na medida em que os valores materiais têm prevalecido sobre os éticos. A história da humanidade mostra uma oscilação entre valores materiais e valores espirituais – a busca de posses, de conquistas concretas, de maior poder sobre as pessoas contrapondo-se à procura da paz, da harmonia, da felicidade interior.
Outra habilidade importante que o colaborador desenvolve quando trabalha em equipe é a visão sistêmica dos processos, das atividades desenvolvidas e dos setores envolvidos.
Independente da empresa para a qual trabalhamos, se esta não exerce na sua cultura organizacional o mesmo sentimento de equipe que o nosso, continuemos com atitudes de cooperação, pois estaremos contribuindo para o crescimento pessoal e empresarial. Um exemplo simples de uma pessoa que irradia o sentimento de equipe é quando ela constata algum erro na atividade do colega e se propõe a sinalizar e ajudar na correção. Esta atitude não fará o colaborador assumir a responsabilidade do outro, mas geralmente contribuirá para que o processo flua com rapidez e o cliente seja atendido com mais agilidade.
Na continuação do filme, quando os personagens principais viajam pelo tempo e no espaço, encontram o golfinho Bola, que fica observando os planetas, tendo como missão não deixar que esses planetas se choquem. Quando Bola viu Bob Esponja e Plankton, pediu para eles ficarem em seu lugar, pois precisava ir ao banheiro. Entretanto, em momento algum o golfinho falou para os novos visitantes quais eram o objetivo e a missão da sua função.
Desta forma, Bob Esponja e Plankton não sabiam o que era para ser feito e permaneceram estáticos, observando os planetas se chocarem. Nesta cena, podemos fazer analogia com a importância da capacitação, treinamento e desenvolvimento dos novos colaboradores para trabalharem na equipe de uma empresa, bem como desenvolverem e cumprirem a função e missão de cada um.
Houve um momento no filme em que o objetivo de resgatar a receita não seria alcançado e parecia que eles não conseguiriam atingir a meta. Isso foi bem retratado com a atitude de Patrick, que colocou a culpa em Bob Esponja, porém ele frisou que no erro ou acerto, perdendo ou ganhando, os descréditos e méritos serão da equipe.
No filme ou na vida real somos autores da nossa própria história profissional. Portanto, acredite nos seus objetivos e valores, contagie quem está ao seu redor e não se deixe influenciar pelos pensamentos e atitudes negativas. Você poderá ser chamado de “calça quadrada”, mas terá, ao menos, a consciência tranquila.
Fonte:http://www.administradores.com.br/