Tudo começa e termina na liderança

A liderança sempre foi uma temática mística e emblemática no que se refere aos treinamentos corporativos, palestras e até mesmo consultoria em gestão. O tema é exaustivamente trabalhado, enaltecido e mesmo assim faz parte do check list básico de necessidades emergenciais para o desenvolvimento e aprimoramento de praticamente todas as organizações, sejam estas de grande, médio, pequeno ou micro porte. Por vezes, encontro aqueles gestores mais experientes, calejados pelo mercado e com um nível de tolerância já abaixo do limite mínimo, que ao observar este tipo de necessidade em suas empresas, sentem-se incomodados, desapontados e com aquela sensação de andar em círculos.

Confesso que também já flertei com a ideia de que o tema já tivesse se tornado exaustivo e de tanto ser destaque em publicações e seminários, poderia ser colocado de lado. Ledo engano! Nunca, em tempo algum a liderança foi tão necessária. As empresas, organizações de classe, cidades, estados e o país, sentem e bem, esta fragilidade e deficiência. A atenção para com outras competências, igualmente importantes, estão deixando para trás a premissa básica para que qualquer arranjo em equipe funcione: a liderança.

Durante anos ao abordar esta temática, cito a frase de que “tudo começa e termina na liderança”. O líder é o principal responsável pelo êxito ou fracasso daqueles que o seguem e acreditam em suas convicções, princípios e valores. Cabe a ele, orientar, preparar, direcionar, corrigir, valorizar e estimular a sua equipe. A ausência de liderança em uma equipe fragiliza, divide e ameaça a união que mantém as pessoas acreditando na realização de projetos e empreendimentos, muitas vezes grandiosos e assustadores.

Vivemos momentos de incertezas e de individualização. As pessoas almejam destaque, crescimento, riquezas e reconhecimento. Todos buscam acelerar a sua escalada rumo ao topo da pirâmide e atingir o sucesso e prestígio na vida profissional e pessoal, com a máxima brevidade. Sabe-se que com o apoio de uma equipe o caminho fica um pouco menos desgastante e possivelmente mais seguro. Entretanto, poucos são os “alpinistas de prestígio” que desejam pagar o preço.

Este preço consiste em exercer de fato o seu papel de líder, assumir as suas responsabilidades e na maioria das vezes abrir mão de seus anseios pessoais em detrimento das necessidades de seu time. A maioria não deseja abdicar de seus projetos pessoais e principalmente do seu suado direito pela “qualidade de vida” em prol de algumas horas ou dias dedicados ao desenvolvimento e fortalecimento da equipe.

A falta desta percepção por parte de alguns líderes traz um novo momento para o mercado e organizações. Temos empresas que são geridas por executivos que não sabem exercer o papel da liderança, diretores, gerentes, supervisores que se orgulham de seus troféus na parede, mas não conhecem as potencialidades ou fraquezas de suas equipes. Não estamos desenvolvendo novos líderes e com a escassez de jovens com ímpeto, vontade e energia para quebrar paradigmas, algo tão presente em gerações passadas, corremos um risco de perder a direção. Afinal, “Tudo começa e termina na liderança”.

 

Fonte: www.administradores.com.br

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